PIB cresce 0,9% no 2º trimestre de 2023

Crescimento superou as expectativas de analistas e é possível que o PIB anual seja superior a 3%
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal. 

Em comparação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro últimos trimestres, o PIB subiu 3,2%. 

No semestre, a alta acumulada é de 3,7%. 

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,65 trilhões no segundo trimestre de 2023. Houve alta no setor de indústria (0,9%), consumo das famílias (0,9%), consumo do governo (0,7%), serviços (0,6%) e formação bruta de capital fixo (0,1%), que é a taxa de investimento na economia. 

O maior crescimento da indústria se deve ao desempenho das indústrias extrativas, seguido pela indústria de construção. 

Nos serviços, os principais resultados positivos foram de atividades financeiras, transporte, armazenagem e correio, além de informação e comunicação. 

No setor externo, as exportações cresceram quase 3,0% e as importações subiram 4,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023. 

A única baixa registrada foi na agropecuária, que caiu 0,9% em relação ao trimestre anterior. 

Essa baixa costuma ser esperada para o setor no segundo semestre, pois o crescimento agropecuário do primeiro trimestre é sazonalmente alto, em função da safra. 

Entre os setores econômicos, é preocupante o desempenho da taxa de investimento, que representa resultados estáveis em relação ao último semestre. O patamar é considerado baixo para países em desenvolvimento como o Brasil.

A taxa de investimentos totaliza 17,2% do PIB. Este valor é abaixo do observado no mesmo período do ano anterior.

Já a taxa de poupança é de 16,9% no segundo trimestre de 2023, também abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. 

Um possível crescimento do PIB acima de 3% em 2023 é considerado possível, mesmo com a improvável hipótese de estagnação econômica no segundo semestre. Na última semana, o IBGE divulgou dados de desemprego menores e o aumento de vagas de trabalho formais em 2023, o que colabora para a expectativa de maior crescimento econômico em 2023. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. 
 

Fonte: Brasil 61

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